terça-feira, 5 de outubro de 2010

Poética

O que enche
de sentimento.

Fúria
Lascívia
Ternura
Horror
Nojo
Torpor
Desilusão
Ódio
Razão

Sempre transposição
do real
para o sentível
ou do sentível
Para o real.

tudo abstrato
no mais, tudo abstrato.

Porque todo mundo
sempre procura
um pouco de abstratência
Para que a alma
conjugue os verbos.

3 comentários:

Talles Azigon disse...

bela bela mais que bela como diria o eterno Ferreira Gullar deveria ter me dito deste maravilhoso espaço antes agora irei da uma navegada por aqui

josé leite netto disse...

Está ótimo seu poema.Esse titulo me lembrou um outro livro muito importante na historia das artes. Gosteu do poema, só achei que alguns versos quebram a estrutura ritmica do verso.

Meire Viana disse...

Parafraseando Flaubert: essa Senhora sou eu!
...
Brincadeiras à parte, vejo um poema delicado, cor-de-rosa que bebe na fonte resistente do freudianismo.