
Salpiquei sobre a paisagem da pedra
Um pouco daquele sal
Que guardamos nas camisolas do tempo.
E ao tocar o lago
Que não era verde nem azul
Senti que tudo estava mais perto
E que a pedra falava comigo
Através do idioma do bem.
Remexi naquele dia
Com a criança que bolina o coração da cozinha,
Assaltando a dispensa
E metido em saliências com os bichos da casa.
Criança baladeira
Que não é mais do que osso,
Couro e sobrancelha
Que cheira naturalmente
Ao azedume daqueles que nascem
Do sonho e da terra.
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